30 de novembro de 2009

Out of the closet!

Caros leitores, é com muito prazer que divulgo uma exposição na qual apresentarei alguns trabalhos a partir do próximo domingo, dia 6, das 18h às 22h, na Galeria Box (R. Alagoas, 356 - Higienópolis). O bacana do evento é que além das fotografias, pinturas, etc., ocorrerá um brechó ao mesmo tempo. Todos convidadíssimos.

4 de novembro de 2009

Nachschlagen (eu vim aqui pra te ver, como te vi, vou-me embora)

Assim como observo a arte, eu também vivo a me perguntar sobre como esta chaga a nós.
Diferentemente de Deborah, eu não desenho, mas também não deixo de considerar o que faço uma forma artística. Hoje em dia eu me experimento na fotografia e sou apaixonada pelo cinema, mas não é apenas sobre estas duas formas de arte que quero falar. Eu quero falar algo que desde muito tempo me intrigou de forma incrível, mas só de um tempo para cá pude entender tamanha importância que isso reflete em mim. Eu quero falar sobre o olhar.
Eu me denomino, sem medos, como uma observadora, que nem sempre consegue enxergar tudo que está a sua frente, mas que tenta exprimir diversos significados em tudo que vê. Eu gosto de ver as reações, as pessoas gesticularem suas palavras e o mero passar cotidiano, mas quem sabe, gosto mesmo de tentar entender por que tudo acaba sendo da forma que é.
Fico me questionando o quanto o olhar é importante para a arte; ou até, em que instante os dois casam. Como eu disse, não posso falar sobre obras, pois não é a área que tenho me "aventurado", mas posso dizer que principalmente na fotografia, ou até o cinema, o olhar é essencial para se captar o momento ou transparecer a emoção que se sentiu no instante.
Mas e quando o nosso próprio corpo passa a ser observado e interpretado?E é neste ponto que eu quero chegar.
As vezes acabamos encontrando interpretações o olhares que não necessariamente correspondem ao real e então, como é que fica?A arte passa a perder o seu significado verdadeiro?Confesso que acho que não, além do mais, nos é dado, até certo ponto, o direito de compreender da forma que conseguimos.


(me desculpem pela demora de novas postagens)

15 de setembro de 2009

Mas já?!

Há umas semanas, no leva e trás de coisas do meu quarto, meu irmão arrancou da bagunça um adesivo daqueles para carro da Cowparade de anos atrás, uma vaca malhada com capa de super herói sobre um fundo azul. Quando eu vi aquela história de parada da vaca pela primeira vez, achei o máximo. E pra encurtar: hoje decidimos nos arriscar no evento desse ano em São Paulo... Quem disse que uma semana pra entrega final é empecilho? Para quem se animar, o link está junto com os outros ali da barra direita (como é mesmo o nome disso?). Mãos à obra!

1 de setembro de 2009

Paulista


Apenas dois dias de ir conhecer São Paulo conjuntamente à minha escola, não pude deixar de postar aqui sobre a primeira visão que tenho de minha cidade: a de um paulistano.

Lembro-me bem de quando subi no topo do prédio do SESC Paulista com minha amiga e seus pais. Eu, a Marina e seu pai olhamos os prédios que cortam os céus enquanto a Thereza (que é pernambucana) ficava a nos perguntar o que víamos de bonito ali. “Só paulistano pra entender a beleza de sua cidade”, respondi e hoje quando penso nesse momento cada vez mais me agarro na certeza deste pensamento.

Não sei quantos de nós, moradores daqui, passamos pelas ruas e admiramos muito além de nossos relógios, é realmente difícil olharmos bem para as casas e prédios, que mal interpretados no fundo são nossas obras de arte. O Rio possui toda a beleza natural e histórica, enquanto a pobre SP é direcionada como uma capital cultural, mas apenas dentro de museus e casas de arte.

Fico imaginando o que seria de São Paulo se nossas ruas fossem vastas da mesma beleza de cidades renomadas como as da Europa, será que nós moradores pararíamos para admirar tudo, ou persistiríamos no passo apertado e falta de atenção ao redor?

Eu particularmente sou apaixonada pela minha cidade e não sei se a deixaria tão facilmente, mas devo reconhecer que não é fácil viver em um lugar tão caótico quanto aqui, enquanto carros e construções novas nos engolem a cada olhar. Minha cidade é reconhecida como de passagem, como de poucos e constantemente não é levada a sério quando se trata de um espaço de moradia; de convivência. Porém eu prefiro pensar que aqui é minha casa, que de tão incomum tem paredes modernas de metais, um quarto de ladeiras e sala de botequins. São Paulo se encontra de tudo, de todos. De pessoas que vem e vão, sem ao menos saber por que amam tanto SP

do eterno inacabado

Não foram raras as vezes em que gastei mais tempo pensando se já tinha terminado alguma pintura ou desenho do que projetando a coisa em si. E parece que nessas semanas isso é tema recorrente - pura impressão, mas é como se todo espaço parecido com ateliê estivesse destinado a ser palco da discussão uma hora ou outra. Por outro lado, costumo ouvir os discursos de fora, ou mesmo fugir de uma resposta que dê a impressão de que eu não tenho ideia do que é ter terminado ou não uma obra. Porque, muitas vezes, eu acho que não sei mesmo; um pouco envergonhada, um pouco desapontada com a falta de reflexão, mas acho. Bom, aconteceu que um dia foi a própria Renata que me perguntou como eu sabia se já tinha terminado uma pintura, e minha réplica deve ter sido realmente muito improvisada para eu só ter agora uma vaga ideia do que respondi (tudo se resume em um "não sei" aprimorado). Como que eu sei? Por enquanto, esse final é uma grande enrolação, e se ela for das boas,  o espectador vai acreditar que está terminada - e pronto. Claro, aí entramos em questões maiores, no que é de fato ver uma obra, se ela independe do meio, etc. Mas olhando uma pintura como essa do Klimt, saber que ela não está terminada não é freio suficiente para o eventual fascínio que ela possa exercer, possivelmente pela abertura que temos hoje para olhar as coisas sem uma crítica tão forte ao processo exposto, presente na obra. E mesmo assim, a tarefa de terminar não é mais fácil agora, e muito menos isso se dá aleatoriamente. Métodos conhecidos estão sempre a postos: se afastar, descansar a ideia, olhar de novo e de novo. Mas na prática, como que eu sei? Eu termino.

27 de agosto de 2009

Não precisamos de tudo isso. Tintas, pincéis, um exagero descarado de materiais dentre os tantos já inutilizáveis. Lavar pincel, pra quê? Não precisamos de nada, repito a cada vez que esmagamos mais uma bisnaga de acrílica que insiste em esvaziar. Só uma superfície, nem isso, ideia de superfície. Um dia faremos algo tão independente/auto-suficiente que não terá nem título. Meio utilizado: ideia sobre ideia.
(E, no entando, pra uma foto dessas serve até tubo vazio. Meus parabéns à fotógrafa R. Herz, vulgo Torralba)

O que deve ser um primeiro post?Bom, não de tal experiência, mas penso que de um blog de arte, deve-se começar introduzindo seus propósitos.

Eu (Renata), junto com Deborah decidimos a partir o começo do ano formar uma companhia de arte; desde paredes, até mesmo desenhos estão no foco do projeto – se podemos nos dar ao luxo de ter um foco, pois no momento abrangemos de tudo um pouco para ser feito, mas com uma única condição de ter ligação direta com concepções artísticas.

Por enquanto postaremos aqui mais a parte de planos que temos, que infelizmente no momento são poucos, porém aceitamos qualquer tipo de encomenda (como foi especificado à cima) e com a incrível vantagem de no momento ter preços baixos e negociáveis!

Espero (e esperamos) que aproveitem e se interessem,

Renata (que fala pela Sallem também).


Foto: Projeto da camiseta mcfly para a Carolina e a Paula